11/03/2011

Um ano sem Mark Linkous (Sparklehorse)


Um certo sábio disse uma vez, “que o destino sempre nos faz voltar ao ponto de partida" ou, o destino já está traçado e blá blá blá, e que até as pedras se encontram ou algo parecido. Uma dessas frases clichês de para choque de caminhão. Mas isso aconteceu comigo nesse último fim de semana, quando fui para a cobertura do Grito Rock Boa Vista e Pacaraima 2011.

No ano passado, quando morava na capital de Roraima e cobria o GRBV pelo Canoa Cultural, exatamente há um ano, morria o gênio do indie rock Mark Linkous, coincidência ou não, lá estava eu mais uma vez no mesmo festival e na mesma data de morte do cantor, compositor multi-instrumentista e líder da banda Sparklehorse. O músico deixou uma obra extensa e sensacional, que influenciou bandas da cena indie mundial.

“O Indie Rock está de Luto” foi essa matéria que publiquei no blog do canoa cultural (http://www.canoacultural.blogspot.com/) com um duro pesar, escrevi sobre a vida atormentada de Linkous. Um desses visionários que estavam muito à frente de seu tempo e que se tornou cult ainda em vida.

Mark Linkous cometeu suicídio com um tiro no coração no dia 6 de março de 2010, O músico tinha 47 anos, e um histórico de depressão e problemas de saúde em decorrência de dependência em drogas. Em 1996, Linkous ficou cerca de dois minutos sem batimentos cardíacos, depois de ingerir um coquetel de comprimidos e anti-depressivos, o que lhe custou a perda dos movimentos das pernas, recuperado após sete cirurgias.

Considerado excêntrico, talentoso e ao mesmo tempo entediado, Mark Linkous criou obras primas do indie rock como: “Shade and Honey”, "Good Morning Spider”, “Something I Will Treat You Good”, “See The Light” e “Piano Fire". Além de ter lançado quatro discos a frente do Sparklehorse, Mark Linkous também produziu o disco “Fear Yourself” de Daniel Johnston e colaborou com bandas como Danger Mouse e Dark Night of Soul (que também teve a participação do cineasta David Lynch). E fez inúmeras parcerias em sua carreira, entre elas estão: PJ Harvey, Tom Yorke (Radiohead) Michael Stipe (R.E.M.), Nina Person, Julian Casablancas (The Strokes) e Wayne Coyne (The Flaming Lips).

De acordo com o seu manager, Linkous estava prestes a finalizar um novo disco, que seria lançado ainda em 2010 pela gravadora Anti-Records (a mesma gravadora que lançou Haih or Amortecedor, o mais recente álbum dos Mutantes). O músico deixa a vida para entrar no Hall da Fama dos grandes mitos. “Há um céu e uma estrela” a espera do grande Gênio.

Para os leitores do Manifesto Blog terem uma ideia da importância de Mark Linkous para a cena indie do rock na gringa, na minha opinião (e sei que vou levar umas pedradas por isso), aqui em Manaus duas figuras carimbadas do circuito tem a mesma relevância, são eles os músicos: Marcos Terranova (Espantalho) e Carlos Menezes (Infâmia & Projeto Campari). Dois músicos que tem criatividade, talento e a genialidade exalando pelos poros.

5 comentários:

agridoce disse...

gostei do post. piano fire, adoro hehe

Tiago omena disse...

muito foda o escrito!

paulo monteiro disse...

Sparklehorse é MARAVILHOSO

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

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