11/08/2010

She Wants Revenge no Porão do Rock em setembro


A atração internacional confirmada para o segundo semestre brasiliense: trata-se do grupo norte-americano de indie rock e darkwave She Wants Revenge, terceiro nome do line up do Porão do Rock em 2010 – no final de maio, o festival já tinha anunciado as bandas cariocas Gangrena Gasosa e Filhos da Judith, classificadas em seletiva realizada no Circo Voador, Rio de Janeiro.

A 13ª edição do mais conhecido evento de rock do Distrito Federal está programada para os dias 10 e 11 de setembro (sexta e sábado). E, por enquanto, é o que se sabe. O local ainda não foi confirmado, mas pode ser num espaço diferente dos anteriores – o Porão, vale lembrar, já aconteceu na Concha Acústica (1998 e 1999), no estacionamento do Mané Garrincha (2000 a 2008) e na Esplanada dos Ministérios (2009).

Existe também a possibilidade de ser novamente gratuito, como no ano passado e entre 1998 e 2002. Outra novidade é que, em agosto, o festival pretende promover três seletivas de bandas, no Plano Piloto e outras duas cidades do Distrito Federal. Resta aguardar mais detalhes.

Para quem não conhece, She Wants Revenge é um duo de Los Angeles, California, liderado por Justin Warfield (voz, guitarra e teclados) e Adam Bravin, o “Adam 12″ (baixista, tecladista e programador de bateria), que tem dois discos cheios – She Wants Revenge (2006) e This Is Forever (2007) – e vários singles e EPs – o mais recente é Up and Down (2009). Todos lançados por selo próprio, chamado Perfect Kiss, com distribuição da Geffen/Universal Music. Ao vivo, são acompanhados por Thomas Froggatt (guitarra) e Scott Ellis (bateria).

Sonoramente, tem influências do gótico e do synthpop britânicos de Joy Division, Bauhaus, The Cure, Sisters of Mercy, New Order, Depeche Mode e The Psychedelic Furs, entre outros. E emplacou alguns hits alternativos, como These Things (cujo vídeo conta com a participação da ruivaça Shirley Manson, do Garbage), Out of Control e Tear You Apart (dirigido pelo ator Joaquin Phoenix). Será a segunda vez que eles virão ao Brasil, depois de 2007, quando tocaram no festival Nokia Trends, em São Paulo.

Por Marcos Pinheiro (Blog Cult 22)

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DICA DE FILME - BLOG CULT 22


O bloco Cine Cult de hoje trouxe um verdadeiro “cult movie”. Não que seja um clássico do cinema, mas tem imagens produzidas por um dos maiores artistas da cultura pop que já pisaram o planeta terra: Andy Warhol.

Warhol, como muitos devem saber, tinha uma usina de idéias e produções culturais, dentro de um estúdio chamado “Factory”. Foi de lá que saiu a essência do Velvet Underground, banda que influenciou dez entre dez artistas do rock alternativo.

Ele também fazia filmes e, para analisar bem quem estrelaria suas fitas, costumava dar closes em rostos de atores e amigos, como Lou Reed, Edie Sedgwick, Dennis Hopper, Nico e vários outros.

No ano passado, Dean Wareham, ex-integrante do Galaxie 500 e do Luna, fez uma série de shows ao lado de sua bela parceira Britta Phillips (os dois, na foto acima), utilizando essas imagens no fundo do palco. Assim, surgiu um projeto interessante: os dois foram convidados pelo Andy Warhol Museum para trabalharem em trilhas para cada uma das 13 gravações de testes de closes que eles tinham em mãos, para que fossem lançadas em DVD.

O resultado é “13 most beautiful… Songs for andy warhol’s screen tests”, que chegou às lojas em julho, em CD duplo e tiragem limitada a 3.000 cópias, com as 13 gravações de Dean & Britta e oito remixes, além de livretos com fotos do Andy Warhol. Há covers perfeitas (“I’ll keep it with mine”, do Bob Dylan, e “Not a young man anymore”, do Velvet Underground) e composições novas que se encaixam como peças de lego nas imagens registradas por Warhol.

Por Aberlardo Mendes (Blog Cult 22)

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RÁDIO VERTICAL APRESENTA: BANDA SKUTA SEXTA NO RED BAR


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PAUL DI´´ANNO TOCA NESTA SEXTA FEIRA 13 NO PORÃO DO ALEMÃO


Nesta sexta-feira (13), o Porão do Alemão, será palco de uma noite totalmente dedicada ao heavy metal. A atração internacional é o primeiro vocalista do Iron Maiden, Paul Di''Anno, que celebra os 30 anos do lançamento do primeiro disco da banda inglesa que mudou os rumos do metal. O set list do show foi montando em cima dos três álbuns que o vocalista gravou com a frente da banda - ‘The Soundhouse Tapes’ (EP 1989), ‘Iron Maiden’ (1980) e ‘Killers’ (1981), sendo substituído depois por Bruce Dickinson.

Depois de sua saída, Di Anno montou algumas bandas como: Battlezone e Killers, além de ter gravado o álbum "Nomad". Outro projeto foi o Rockfellas, que na qual se uniu a músicos brasileiros como Canisso, Marcão e Jean Dolabella, que chegaram a fazer uma tour pelo Brasil.

A abertura do show no Porão ficará a cargo da Scelerata, que também o acompanhará no palco como banda de apoio. A Scelerata é formada por Fabio Santos (voz), Magnus Wichmann e Renato Osório (guitarras), Gustavo Strapazon (baixo) e Francis Cassol (bateria). Informações de backstage ainda não confirmadas, dizem que o show pode não acontecer. Verdade ou meras especulações? Ver pra crer.

Enquanto o boato segue, Paul Di Anno será entrevistado nos estúdios da Rádio Vertical, na tarde de sexta no programa Mundo Vertical do apresentador Diego Oliveira. Além da entrevista, ele dará autógrafos para alguns vencedores de promoções da rádio.

Os ingressos de pista para o show no Porão custam R$ 35 e estão à venda na bilheteria da casa durante toda a semana, a partir das 14h. Outras informações pelos telefones 8127-0439 e 8173-0277.

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HANGAR TOCA NESTA QUINTA FEIRA EM SÃO LUÍS - MA


A banda HANGAR se apresenta em São Luís, nesta quinta feira (12), às 20h no Circo da Cidade. A banda irá apresentar o show da turnê "The Infallible Tour 2010/2011". A chegada do HANGAR a São Luis está mobilizando não só uma legião de fãs da banda e do baterista Aquiles Priester (ex-integrante do Angra), mas também a imprensa local que está fazendo a cobertura do evento em meios eletrônicos e impressos, além da disputada agenda por entrevistas com a banda.

Formada em 1997 e com cinco CD´S lançados, a banda já fez diversas turnês pelo o país. Em uma das turnês pelo Nordeste, em 2003, passou por São Luis. HANGAR, que conta com Aquiles Priester e Fábio Laguna, ambos ex- integrantes do Angra, está em turnê nacional e iniciará a fase nordeste pela capital maranhense. O vocalista Humberto Sobrinho que esteve recentemente em Manaus, e fez um show Tributo ao Bon Jovi no no Red Bar no mês passado, é o frontman da banda, com uma voz marcante e um carisma excepcional.

À bordo de seu próprio ônibus e trazendo todo o equipamento de som e palco, o HANGAR apresenta algo nunca visto na cidade, para este gênero musical. Será realmente algo único para os fãs de rock.

O evento contará com a participação das bandas Voodoo Road e Hell Ride, vencedoras das seletivas Garage Full, e a Brutalian, tradicional banda local que fará seu retorno aos palcos com um grande show.

A agenda da banda em São Luis está corrida, acompanhe abaixo o que vai rolar na imprensa local:

Quinta:

10h - Entrevista para a TV Impar de O Imparcial On Line

12h - Entrevista ao vivo no Jornal do Maranhão 1º edição da TV Mirante

12h30 - Entrevista ao vivo no Programa Na Mira da Mirante FM

13h - Entrevista ao vivo no Programa Antenado da TV Difusora

18h - Matéria ao vivo para a TV Cidade

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INFAMY – QUARTETO DEATH METAL DE IMPERATRIZ – MA


Esse quarteto de Imperatriz-MA, foi formado em 2009 e mesmo com pouco tempo de atividade vem causando uma boa impressão em suas apresentações. O estilo é Death Metal técnico que agrada pelo peso e agressividade do som executado pela banda. As influências vão desde Necrophagist, Cannibal Corpse, Nile, Job For Cowboy, Torture Squad, Krisiun, Deicide e Trigger the bloodshed.

A INFAMY tem em sua formação:

Icaro Amaral (Guitar/Backing Vocal)

Ismael Ferreira ( Vocal )

Rodrigo Carvalho ( Drums )

Reinaldo (Bass)

Pra quem pensa que o Maranhão é a terra do Reggae, está perdendo o bonde da história. Tem Death Metal de qualidade por lá.

Contatos:
www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=4426191891510157861

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SEVENLANDS - HEAVY METAL DE SÃO LUÍS / MA




A SEVENLANDS foi formada em julho de 2010, em São Luis-MA, com o intuito de fazer um trabalho profissional e diferenciado. Com influências do Power, Prog e Heavy metal, a banda já se encontra fazendo a pré-produção de suas primeiras composições.A ‘’Logo’’ e Twitter layout foram desenvolvidos pelo renomado designer paulista Cleyton CSAtworks (Lean Van Ranna, German Pascual- NARNIA)

Com 3 semanas a banda fez seu primeiro show na seletiva para banda de abertura do show do HANGAR. O grupo apresentou um grande show com um set list cheio de grandes clássicos, entre eles: DIO, ANGRA, SONATA ARCTICA, STRATOVARIUS e MALMSTEEN.

A Sevenlands é formada por:

Fagner Limam – Voz,

Erlik Azevedo – Guitarra, Eduardo

‘’Kadu’’ – Baixo,

Jeferson Nogueira – Teclado

Rafael Soares – Bateria.

CONTATO :

Comunidade “SEVENLANDS”
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=104750497

Comunidade ‘’FAGNER LIMAM’’:
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=76720013

Twitter SEVENLANDS:
http://twitter.com/Seven7Lands

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ENTREVISTA: VULCANO !!!


Prestes a embarcar para uma turnê na Europa, o Vulcano atravessa uma das melhores fases de sua longa e invejável trajetória. Formada em 1981 e oriunda de Santos, a banda passou por Goiânia no último dia 18 e, tivemos a oportunidade de bater um papo com Zhema Rodero, fundador e hoje guitarrista do Vulcano, além de uma das maiores lendas do heavy metal nacional. Com um vasto conhecimento de causa, Zhema falou sobre a história da banda, os últimos discos, a polêmica saída do vocalista Angel e sobre o cenário da música extrema no Brasil nos anos 80. Tudo com muitos detalhes e curiosidades. A banda vem a Manaus para um show no dia 4 de setembro, na Quadra do Acadêmicos de Petrópolis. Confira agora a entrevista feita por Guilherme Gonçalves.

Guilherme Gonçalves: Não dá para começar nossa conversa sem destacar um dos fatos mais importantes na história e na trajetória de vocês, que é justamente o fato de o Vulcano ser considerado a primeira banda a tocar metal extremo na América Latina. Olhando para trás, qual a importância disso? Qual é o real significado disso para você?

Zhema Rodero: Essa importância veio depois de um determinado tempo. Quando a gente começou a fazer isso em 1983, 1984, ninguém tinha noção do que seria 2010. (risos) Então, eu comecei a perceber essa importância só no final dos anos 90. Foi aí que eu comecei a ler algumas entrevistas, surgiu também a internet. Pude perceber que o Vulcano teve uma importância muito grande. Poxa, eu fico muito orgulhoso de ter participado da cena, de ter ajudado a construir a cena. Mas é uma noção que eu fui ter só no fim dos anos 90 para começo dos anos 2000. Talvez até pela espontaneidade daquela época.

Pensando ainda nesse começo do heavy metal no Brasil, que nascia no início da década de 80, os primeiros shows, festivais, coletâneas... O que chegava ao Brasil? O que já dava para ouvir? Vocês do Vulcano estavam escutando o quê lá de fora?

Chegava o mainstream. Chegava muito AC/DC, Led Zeppelin, Kiss, Van Halen, as bandas normais do mainstream da época. Só que tinha uma banda, que também já estava ficando grande, que era o Motorhead. Acho o Motorhead um divisor de águas. Eu gostava muito de Black Sabbath e de Motorhead. Aí quando eu vi o Venom pela primeira vez... (risos) Falei: “Caramba, é isso!”. Então, Motorhead, Black Sabbath e Venom são as bandas que influenciaram o Vulcano a fazer o som que faz até hoje. Hellhammer veio um pouco depois.

E as bandas nacionais? Tinha alguém que também já estava fazendo um som parecido ou era basicamente rock’n'roll e heavy metal tradicional?

Metal extremo era mais difícil de encontrar. Havia só algumas bandas. Tinha o pessoal do SP Metal, o Centúrias, o Abutre. O próprio Korzus, que na época era mais light. Então, esse pessoal do SP Metal era, vamos dizer assim, o que a gente conhecia de brasileiros fazendo rock’n'roll. Fora aquele pessoal um pouquinho mais conhecido, que era o Made in Brazil, Patrulha do Espaço, o Tutti-Frutti, que já tinha se dissociado da Rita Lee. Esse era o cenário. O pessoal do SP Metal fazia um heavy metal bem tradicional, à lá Judas Priest. Já a gente tinha uma outra linha. Era até um pouco difícil de compatibilizar nos mesmos shows essas bandas.

Você comentou do “Live!”, e sobre esse disco, em especial, vocês na época já percebiam que se tornaria um clássico ou o reconhecimento veio só depois, assim como foi com a banda? Como ele ajudou a construir e fortalecer a cena e o que ele representa hoje?

O “Live!” foi o disco que fez o Vulcano ser conhecido não só no Brasil, mas também no exterior, posteriormente. O “Live!” tem uma história interessante. Esse pessoal que tocava em São Paulo, essas bandas de heavy metal tradicional que mencionei, tinham projetos de shows, mas o Vulcano, por ser de Santos, nunca conseguia tocar. Era difícil. A banda não conseguia entrar em São Paulo. Tocamos em um ou outro show feito pelo Celso Barbieri. Ele que levava a gente para São Paulo. Só que no interior do estado, a gente tocava bastante. Daí eu tive a seguinte idéia: já que eu não consigo tocar em São Paulo, eu vou gravar um disco ao vivo e vou colocar lá para a turma ouvir. (risos) E foi o que eu fiz. Fomos em Americana, gravamos o “Live!” e colocamos lá. Ele foi um verdadeiro estopim. Eu não esperava nada. Esperava, em seguida, no máximo, fazer um álbum de estúdio. Mas ele se tornou um ícone. Não é um disco bem gravado e, até de certa forma, tosco. Só que virou um ícone. Tanto aqui como lá fora. É um negócio impressionante, foi um fenômeno.

Analisando o que veio a se configurar a cena heavy metal no Brasil pouco tempo depois, podemos perceber o surgimento de três grandes pólos, cada qual com sua banda expoente em potencial, por assim dizer. Em São Paulo, em Santos, o Vulcano. No Rio de Janeiro, o Dorsal Atlântica, e, em Minas Gerais, o Sarcófago. Claro que cada local tinha várias outras bandas, mas são os principais expoentes.

Como era o intercâmbio e as relações entre esses pólos e as bandas?

Quando o Vulcano começou e, pouco tempo depois lançou o “Live!”, eu descobri que no Rio tinha o Metalmorphose e o Dorsal Atlântica, que na época fizeram aquele split, o Ultimatum. Logo em seguida, eu escrevi uma carta pro Carlos Vândalo e nós tivemos uma grande amizade, que durou anos. Tanto que nós fizemos vários shows. Vulcano e Dorsal fizeram muitos shows, muito mais do que Vulcano e Sepultura, por exemplo, que fizeram 3 ou 4 shows juntos, no máximo. Vulcano e Dorsal Atlântica tocaram juntos até o fim do anos 80, quando o Vulcano parou. Depois veio o Sarcófago. Em relação ao Sarcófago, quem tinha muita amizade com o Wagner Antichrist era o nosso guitarrista na época, o Zé Flávio. Ele ia para Minas Gerais, ficava na casa do Gerald, do Wagner. Mas Vulcano e Sarcófago faziam coisas diferentes. O Sarcófago veio um pouquinho depois. Eram propostas diferentes. Em Santos, na época, havia bandas de rock'n'roll mesmo. Hard rock e rock’n'roll. Quase não havia uma cena e o Vulcano era, de longe, a banda mais extrema da época. Aliás, durante muito tempo, Santos foi um lugar mais conservador. Agora não, lá tem muita banda de metal extremo. Depois de um hiato de quase 15 anos, o Vulcano voltou e lançou dois discos: “Tales From The Black Book”, em 2004, e “Five Skulls And One Chalice”, em 2009.

Quais são as características dos dois? São álbuns com a velha pegada do Vulcano, que agrada os fãs mais antigos? Têm também novos elementos paraa apresentar uma banda revigorada e pronta para conquistar novos adeptos?

O “Tales From The Black Book” já tem seis anos. Acho que ele é uma re-leitura. Não, re-leitura não. Acho que é uma palavra esquisita e que não se encaixa. O “Tales...” é uma continuidade do “Bloody Vengeance”(1986), na minha opinião. Se não tivéssemos feito o “Anthropophagy”(1987), teríamos feito o “Tales...”. Não que as músicas sejam daquela época, mas o clima para compor foi o mesmo. Quem ouviu, gostou, e quem ouvir, vai gostar. Ele tem pegada e composições bem anos 80, mesmo sem ser proposital. Mesmo após tanto tempo parado, foi algo que não se perdeu. Já o “Five Skulls...” é um pouquinho diferenciado. Ele é um “Tales...”, só que aprimorado. Ele é mais pro thrash metal. Tem muita pegada de guitarra, muitos solos. Infelizmente, a gravação da voz não ficou muito legal. Acho que ficou estranha. Todos que ouvem também percebem alguma coisa estranha na voz. Realmente não ficou muito boa, mas é um disco legal, no geral.

No começo do ano, a banda anunciou a saída do Angel, lendário vocalista do Vulcano, e a entrada de Luiz Carlos Louzada. Qual foi o motivo dessa modificação tão significativa na formação?

O Angel já vinha tendo problemas e dificuldades familiares havia uns três ou quatro anos. Não foi e não vinha sendo uma boa época para ele. Além disso, ele é tatuador e as “vendas” também vinham caindo. Devido a isso, ele meio que se isolou e precisou dar um tempo. A banda deixou de ser prioridade para ele. Fazia uns dois anos que o Vulcano não fazia show por conta disso. Quando pintou a oportunidade da turnê na Europa, agora em novembro, perguntei se dava para ele e a resposta foi negativa. Avisei, então, que chamaria o Luiz Carlos pro posto. Depois de um tempo, ele até tentou voltar, mas o Luiz Carlos já estava integrado e fazendo shows e tive que falar que não dava mais.

Hoje em dia, depois de tanto tempo na cena, você ainda continua ouvindo e procurando coisas novas? Gosta do que tem surgido e ainda ouve o que chega para você?

Gosto! Tem muita coisa boa. Só que não procuro mais, porque as coisas chegam. (risos) Pelo fato de ser do Vulcano, sempre recebo muito material. Sem falar na internet. Do Brasil, eu ouço quase tudo. Tudo o que me mandarem eu vou ouvir e vou guardando na garagem, porque já não cabe mais em casa. É muito material que chega, mas já ouvi todos. Uma coisa que tem me chamado a atenção é a cena do Paraguai. É uma cena que eu não conhecia, mas que tem umas bandas muito legais. Tem uma tal de Caceria, Violent Attack, tem umas quatro bandas muito boas. É um thrash metal old school, bem oitentão, cantado em castelhano e tal! (risos)

Uma curiosidade: o Vulcano acompanhou de perto o surgimento e o crescimento do death, do thrash e do black metal. Você considera que o Vulcano toca o quê? Nos anos, 80 a banda era chamada de quê?

O Vulcano começou como black metal. Já tinha a música e o disco do Venom e o Angel, se você prestar atenção e ouvir no “Live!”, fala muito “black metal! black metal!”. (risos) Então, a gente foi considerado black metal. Mas, na verdade, eu nunca achei que o Vulcano foi uma banda de black metal. Sempre achei que a banda foi death metal, que nunca abusou de vocal gutural e nem abaixou a afinação. Sempre tocamos em “Lá”, 440 Hz. A pegada eu acho death metal. Já as letras, sim. As letras são black metal. A capa do “Bloody Vengeance” (1986) também contribuiu muito para a banda ser considerada black metal. A capa, na época, chocou a Europa. Tanto quelá, depois de um tempo, saiu com outra capa, não é aquela com a igreja pegando fogo (risos).

Matéria: Guilherme Gonçalves
Fotos: Eder “Caverna” Sales

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