27/12/2010

Balanço Coletivo Megafônica 2010 (PA)


O Ano de 2010 foi um ano prolífico. A Megafônica provou ser um agente fomentador da cena, não só trazendo grandes nomes da musica independente como Nevilton (PR), mas também promovendo a circulação de bandas locais que começam a despontar, mostrando a nova cara do Rock paraense.

No Festival Quebramar, os poderosos do Paris Rock e os badalados The Baudelaires, mostraram serviço, fazendo ótimos shows e angariando novos fãs em Macapá. Teve a Terça Acústica no pub Garota da Brás, em que as bandas puderam mostrar uma nova roupagem em suas musicas: Destaque para o La Orchestra Invisível que se encaixou perfeitamente nessa proposta. Teve também O Megafônica Especial The Beatles, que mostrou as bandas agenciadas tocando os clássicos do quarteto de Liverpool, numa noite inesquecível.

Mas a maior vitória do ano foi o Primeiro Festival Megafônica, que reuniu um cast de primeira: Tereza, Brow-Há, Minibox Lunar, Black Drawning Chalks, e até o Argentino Projecto Gomez. Ainda teve o Pocket Show Megafônica e uma Mostra de Curtas e Docs no Cine Olímpia. Saldo do Festival: Super Positivo.

Ainda nos destaques do ano: Dharma Burns no Grito Rock Cuiabá e Brasília, e de quebra o V Festival Se Rasgum, junto com a Paris Rock. Esse também foi o ano dos “Bauds” que tiveram seu ábum School Days eleito um dos melhores de 2010, no blog Warehouse. Teve Vinil Laranja no GR Rondônia, além do merecido destaque no Compacto Rec de Dezembro. Que venha 2011 com muitas novidades !!!


Por Camila Macêdo

Contato:

http://megafonica.blogspot.com/p/contato.html

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Uma Experiência Coletiva


Nos últimos quatro anos uma experiência vem se realizando em Manaus. É a experiência da construção coletiva de integração de diversas linguagens artísticas em um ideal de fomento à cultura. Assim se dá o processo de desenvolvimento do Coletivo Difusão. Jovens artistas unidos na construção das condições de desenvolvimento do próprio trabalho rompendo as amarras da dependência aos poderes que regem as relações de trabalho e produção.

Uma experiência nesse sentido só é possível por meio do diálogo, da convergência e da aproximação com os diversos agentes culturais na cidade, transitando entre os mais diversos meios, tendo como o foco principal o público.

Em seus quase cinco anos de atividade, as ações do coletivo pautaram – se sempre pelos princípios de integração das artes, da valorização da identidade regional e da ocupação das lacunas criadas no vácuo das políticas públicas dos gestores culturais, gerando dessa forma, experiências inovadoras, exercícios estéticos e novas formas de linguagem que conectam Manaus á produção cultural de vanguarda.

Como não poderia deixar de ser, o Coletivo Difusão realizou nesse mês de dezembro a quarta edição do Até o Tucupi, transformando – o em festival, agregando em torno dessa experiência atores e entidades que de outra forma não dialogariam.

Em nosso caminho entre erros e acertos o que queremos com essa ação, que pretende – se inserir no calendário cultural da cidade, é a integração e a difusão das mais nobres formas de diálogo cultural com os habitantes desta imensa e cosmopolita metrópole amazônica



Matéria publicada na 2ª edição (Dezembro) da revista Intera

Contatos:

revistaintera@gmail.com
Twitter: @revistaintera
Fone: (92) 9110 – 1198



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Exclusivo!!! Manifesto Rock entrevista Marcelo Nova na passagem de som no Vitrola Music Hall



Falar ou escrever sobre Marcelo Nova é sempre reinventar o ídolo, é exaltar a figura ímpar do rock brasileiro em cada palavra, parágrafo, vírgula, acorde e etc. Marceleza é a rebeldia da genialidade pulsante, seja no Camisa de Vênus ou em sua brilhante carreira solo. É a esculhambação em pessoa, uma metamorfose ambulante sem papas na língua, contra o marasmo e a farsa do “mainstream” nacional.

O músico passou por Manaus no inicio do mês de dezembro para uma apresentação no Vitrola Music Hall, que lavou a alma dos fãs que há tempos não o via sozinho no palco (longe das festas “Plocs”, que mais parece uma reunião de mortos vivos fracassados, com a voz de melaço do Leoni, a pança do Léo Jaime, Ritchie se esgoelando pela Menina Veneno e o Paulo Ricardo atirando pra tudo que é lado, pra ver se algo dá certo)

A equipe do Manifesto Rock Blog esteve no Vitrola para uma entrevista (na verdade uma rápida conversa, pois o músico reclamou demais do calor infernal) e acabou registrando a passagem de som do músico, que mais parecia um pocket show particular, um momento histórico, era como está na sala de casa, tomando uma breja gelada e batendo um papo com Marceleza.

Acompanhado pela Oficial 80, Marcelo Nova fez um set em homenagem aos poucos fãs que ali se faziam presente. Nove músicas do repertório do show foram tocadas com a mesma atitude visceral de um artista em seu habitat natural, o palco.

Depois Marcelo recebeu os fãs para autógrafos, fotos e num breve bate papo falou sobre a decadência da MTV, ser produzido por Erick Bordon e a amizade com Raul Seixas.

Perguntado sobre a decadência da MTV Brasil, Marcelo foi cirúrgico em afirmar que o motivo da emissora ter chegado ao fundo do poço foram as saídas dos antigos VJs, Fábio Massari, Gastão Moreira, Astrid Fontenelle, Zeca Camargo (diretor de jornalismo na época) e recentemente Edgar Piccoli, isso contribuiu pra esse lixo de games – shows, novelas, comédia e pro jabá das gravadoras em promover, divulgar os “rosinhas coloridos” pra ganharem prêmios no
VMB (Vem Mais Bosta).

Sobre Raul Seixas, Nova afirmou que era uma convivência bastante alegre baseada nas afinidades que tinham. Segundo ele, era um relacionamento entre irmãos de sangue, era tudo junto e misturado. “Raul dava pitacos nas minhas canções e eu nas dele, nós acendemos a fogueira do que viria a ser o disco "A Panela do Diabo” comentou.

Quando eu ia perguntar sobre Erick Bordon (vocalista do The Animals) ter produzido o Camisa de Vênus no disco “Quem é Você?”, Marcelo deu um sorrisinho bem sarcástico e disse: “Garoto, eu já te dei muita informação histórica por uma noite, agora tira logo as fotos que eu to com cansado, com fome e um calor dos caralhos, pode me mandar tomar no cú, mas vamos rápido”. Esse é Marcelo Nova, em seus melhores dias, irreverente, irônico, mas ao mesmo tempo um gênio.

Antes de se despedir de todo mundo, ele ainda mandou mais uma pérola: “Obrigado e me desculpem pela brincadeira, um dia vocês vão entender tudo isso”. Depois dessa, mandá - lo tomar naquele lugar está de bom tamanho.



Agradecimentos:

Ehud Abensur e toda a equipe técnica do Vitrola Music Hall, Alison Pow – Oficial 80


Por Sandro Nine

Fotos: Marcelo Augusto


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