13/12/2010

Injustiça num lugar qualquer


As bandas independentes de Manaus ocasionalmente sofrem injustiça, falta de reconhecimento e uma espécie de "Apartheid" musical, que enfraquece a cena do rock manauara. Mas dizem que ano novo é sempre tempo de renovar as esperanças, forças e maneiras de alcançar os seus objetivos, dizem né? Bom, então vamos apostar no novo sim, apostar nos planos concluídos para chegada de novas conquistas.

Um grande salve a todos os músicos que estão na luta pra mostrar que o trabalho autoral de algumas bandas de Manaus tem sim o devido valor e qualidade. Mesmo que às vezes não tenha uma boa gravação, mas tem coragem e atitude para mostrar o que temos em mente e o que conseguimos fazer juntos.

Um povo que gosta de rock e sai das suas tocas para prestigiar as bandas que tanto gosta, precisa de uma cena forte, criativa e de mecanismos para divulgar o talento suado desses artistas.

Exemplos bem claros disso são: O bar do Cabelo e o projeto Toca Rock, onde se fomenta a verdadeira cadeia produtiva do rock em Manaus. Espaços esses que já são uma realidade e referência na tão combalida cena manauara.

Se nós não colaborarmos, nós evaporamos.

A Banda Insônia deseja felicidades, força, união no rock e grandes festivais para todos!!!

Luz na mente e paz na alma galera !!!


Contato:

http://palcomp3.com/bandainsoniarockam/




Texto: Banda Insônia (Mirilene, Edilson, Zel e Robson)

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Rockazine no Ar - Por um Brasil independente


Entrou no ar nesta semana o Rockazine, uma publicação online (que também terá versão impressa) que visa destacar o novo cenário musical independente brasileiro. A iniciativa é da jornalista paulista Karina Francis, que já falou do seu projeto numa entrevista ao site o Som do Norte.

O Rockazine destaca uma banda de cada região do país. A escolhida do Norte foi a Boddah Diciro (destaque também na última edição da revista amazonense Intera), do Tocantins.

A Boddah também é um dos personagens do texto do jornalista Fábio Gomes, “De imparcialidade e parcerias”: Rock no Som do Norte. Ainda na fase de estruturação do projeto, Karina convidou Fábio para ser colunista do Rockazine. Leia o texto de estréia: http://www.rockazine.com.br/de-imparcialidade-e-parcerias-rock-no-som-do-norte/

Além da Boddah, o jornalista enfatiza as bandas roraimenses Somero, Veludo Branco e Alt F4.

Você pode baixar a revista completa em formato pdf neste link:
http://www.sendspace.com/file/spwc7r



Longa Vida ao Rockazine ! Por um Brasil independente !!!


Fonte: Assessoria de Comunicação Som do Norte

http://www.somdonorte.com.br/

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A onda dos festivais independentes

Somero - RR (Grito Rock Boa Vista 2010)



Como fazer para sua banda ser vista e ouvida? Essa sem dúvida é uma das principais preocupações dos artistas independentes. A Internet facilitou essa tarefa, mesmo assim, ainda é difícil conseguir se consolidar dentro de tantas outras bandas. Para estimular a cena underground, os artistas começaram a se organizar para produzir festivais de música independente, levando em conta três importantes ações: fomentar a música independente, apresentar as bandas ao público e realizar intercâmbio entre os músicos.

É complicado saber quantos festivais de música existem atualmente no Brasil, porque muitos deles não estão vinculados a associações. Porém, a Abrafin (Associação Brasileira de Festivais Independentes) conta atualmente com 43 afiliados, de todos os estados brasileiros. Entre eles, alguns eventos conhecidos como o Porão do Rock, o Goiânia Noise,Casarão, o Jambolada e o Vaca Amarela.

São por meio desses eventos que a prática da atividade cultural da música se fortalece e consegue mostrar o panorama de bandas e produtos disponíveis nesse mercado. Além disso, mais do que música, esses eventos possuem uma programação paralela. Na maioria deles, além dos shows, há oficinas, workshops, painéis e rodas de discussões. Tudo com o mesmo intuito: pensar em métodos eficazes para melhorar essa cadeia produtiva.

Porém, realizar um evento exige tempo e dinheiro, aliás, muito dinheiro. Isso porque as estruturas de som, palco e iluminação custam caro, seja para qualquer tipo de evento. Além disso, existem os gastos com passagens, cachês, hotéis, alimentação e divulgação dos artistas. Talvez alguém se pergunte: Cachês para músicos independentes? Sim! Esse é o trabalho deles, assim como o dos músicos vinculados a gravadoras comerciais. Em média, um festival de três dias, incluindo todos os gastos descritos acima, fica em torno de 300 mil reais.

Atualmente alguns veículos de comunicação levantaram a discussão dos festivais independentes que recebem patrocínio de grandes empresas como a Petrobras. O fato de ter apoio não significa que o evento perdeu sua identidade ou se caráter de independente. Com base em diversas pesquisas acadêmicas, existe uma questão a ser explicada: há apoios e patrocínios. Quando um evento que se diz independente recebe apoio de uma empresa, e este apoio não lhe dá nenhum direito sobre o evento, isso significa que o evento permanece com sua ideologia. Apenas passa a contar com apoio financeiro, que certamente será útil. Mas, quando um evento recebe um patrocínio e este dá o direito de a empresa patrocinadora ter voz na programação, condução ou qualquer outro aspecto do evento, ai sim, o evento perde sua identidade, pois perde o controle da situação.

O fato de grandes empresas apoiarem os eventos de música independente, ainda mais quando o gênero é o rock and roll, é uma evolução. Prova que o olhar de marginalidade literalmente não existe mais, e que, hoje, o rock como música é valorizado e respeitando tanto como a MPB, por exemplo. A linha da desigualdade está se atenuando, “está” porque ainda falta um caminho a percorrer, e, sem dúvida, os festivais são no momento a estrada correta para que a música independente alcance seus objetivos.


Por Karina Francis – Jornalista do Rockazinehttp://www.rockazine.com.br/

Foto:
Assessoria Coletivo Canoa Cultural

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Cine Manifesto: "Nowhere Boy"


Mesmo após 40 anos, os Beatles ainda estão em toda parte. Como no final do ultimo mês em que o Sir Paul McCartney reuniu 170 mil brasileiros em um show emblemático. Outro exemplo disso é do filme “Nowhere Boy” de Sam Taylor-Wood, que estreou final de semana passado no Brasil.

A adolescência do líder dos quatro garotos de Liverpool foi contada de maneira jamais vista pelas telonas. Engana-se quem pensa que este filme é mais uma biografia beatlemaníaca. O ator Aaron Johnson interpretou John Lennon, no filme que está longe de ser um campeão de bilheteria e por muitas vezes, o expectador até esquece que aquela é a história de um dos maiores ídolos da música mundial.

Cruel e cheia de conflitos, a juventude do inglês é retratada de acordo com o ponto de vista de suas meias-irmãs. Julia, a mãe biológica citada em músicas como a de mesmo nome ou “Mother”, enfim, é apresentada de maneira mais delicada e minuciosa. Afinal de contas, por mais que o jovem tenha sido abandonado pela mãe na infância é por culpa dela que a ousadia e o rock n’roll começaram a fazer parte da vida do garoto. Podendo dizer assim que a genética é responsável pelo talento propagado por tantas décadas.

A trilha sonora nos faz associar à musicalidade e base sentimental de quem estamos falando. Seja do blues clássico do carinhoso Tio George quanto à espontânea atitude rock n’roll da mãe Júlia.

A propósito, esqueça o “nerd atrapalhado” de Kick Ass, a caracterização e atuação de Aaron permite até que façamos uma viagem no tempo, como se pudéssemos observar de longe cada situação vivida por Lennon.

Um ponto emotivo do filme é educação da sufocadora tia Mimi, fato até justificável diante de tantos conflitos na vida de John. O maior ponto pode ser dado é com a morte de Júlia em um acidente de carro. Fato que marcou a transformação de um adolescente sonhador a um futuro músico. E a aproximação do que futuramente seria mais latente da parceria do amigo Paul, peça fundamental do sentimento para a solidificação na musica.

Com a fotografia aveludada o filme não foge muito do que diz o título, ao contar a história de um garoto de lugar nenhum, com a diferença é que sabemos o que aconteceu depois que o filme termina.

Por Renata Paula – Jornalista e Colaboradora do Manifesto Blog.

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A tediosa noite de uma Banda de Rock

O público (gatos pingados e miados) do Pública



“Nada como um sol, transformador de uma noite”
(refrão da música “Tuas Fotos” do Pública) como poucas, noite que só não será esquecida, devido à atração principal ter dado conta do recado e eu por ser manauara, estar acostumado e preocupado com a presença de casas noturnas momentâneas e modistas que surgem nos arredores Barés.

Meu sentimento nesta manhã, antes de realizado, é de desespero, frustração, tristeza e vergonha. Sim, a banda revelação do rock independente em 2009, fez um show na casa Noturna SIN House, para cerca de 30 pessoas e menos da metade, faziam algum tipo de movimento, (algumas garotas pareciam estar num baile de debutantes ou casamentos, portavam vestidinhos e saltos, não sei exatamente onde eu estava), que nem pareciam estar numa festa de Rock n Roll, talvez, numa noite de demonstração de algum rock pra elite ver e tentar prestigiar.

A banda subiu ao palco um pouco antes das três horas da madrugada, esplêndida performance, mergulho total no Britpop, entrosamento e boa colocação das guitarras, melodias marcantes, alegres, quase ausência de melancolia e disparos de vários clássicos presentes nos dois álbuns da banda o “Polaris” de 2006 e o” Como Num Filme Sem Um Fim” de 2008.

As músicas: Casa Abandonada, Long Plays, Bicicleta, Sessão da tarde foram umas das que fizeram a “fervorosa platéia” cantar e pular meio que timidamente no imenso e vazio salão. Um amigo meu cantarolava emocionado quase todas, engraçado é que eventos com poucas pessoas tornam claras e evidentes as expressões, atitudes, risos, viagens, etc.

Um dos momentos mais interessantes do show foi a cover que a banda fez da música "Exodus" de Bob Marley. Gaúchos rockers tocando reggae na Amazônia, diferente não? E agradou, a versão saiu porrada e muito empolgante.

Após quase duas horas de repertorio a banda se despediu do palco e do público, sobre salva de palmas, e sobre a promessa de voltar outro dia, espero que seja para um público diferente, aquele que costuma freqüentar, (em local agradável), bares sujos, apertados, quentinhos e principalmente que haja a divulgação, não ocorrida nesta vez.

Para não parecer que só falei mal do lugar, a qualidade do som estava impecável, soaram divinamente bem, os técnicos de som estão de parabéns e os seguranças também, bloquearam os estufados da área vip a noite toda, resultado, ninguém sentou, nem os “Vips”.

Flutuei ao som em nuvens de lamentos, alegrias e porque não descobertas, a banda Pública continua sua caminhada buscando ser grande num limitado mercado da música, mal sabem eles que são maiores que isso, o problema não está com eles, para nós amantes da boa música, seria estar sem eles.

Manaus continua despreparada pra receber tais pequenos eventos e nós, não esperemos pelo grande dia, busquemos nosso espaço, nosso rock, é como uma constante luta pela vida.

Por Tiago Omena – Batera da banda alternativa Sweetbeer e Colaborador do Manifesto Blog.

Foto:
Tiago Omena

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