22/12/2010

METAL MILITIA WEBRÁDIO lança coletânea “Brasil Extremo Vol.1″


Em uma iniciativa que tem por objetivo ampliar os horizontes do metal
brasileiro e mundial, a Web Rádio Metal Milita ( http://www.metalmilitia.com.br/), lançou este mês sua primeira coletânea online, intitulada Brasil Extremo Volume I.

A coletânea conta com grandes nomes do metal nacional e internacional. A produção executiva e arte são assinadas por Wagner Carvalho, a web coletânea conta ainda com um menu em flash.

A rádio comunica que as seleções para as próximas edições encontram-se abertas e os contatos são:

wagner@metalmilitia.com.br / coletanea@metalmilitia.com.br


Confira o Playlist.


01-Anghelis - La Piel de mis Palabras

02-Anonimous Hate – Profanation

03-Blasphemical Procreation – Transcomunication

04-Ecuador Cadaver – NECRO ABERRACION

05-Empty Grace – Bloody Battles In Great Field

06-Errana-gray – butterfly

07-Goatlord –THE PENTAGRAM

08-LoNero – Loose

09-Impacto Profano – Invocation to destruction of jehova and cristianity

10-Incinerador – Vitimas do Terror

11-Interaxis – Soldier of Hope

12-Priest of Death – Soluções Violentas

13-Spancer – Soulcadger

14-R.I.P.-Exocet

15-Silencio do Caos -Tumor

16-Southern Warfront - Legion of Dead

17-The Jokke- Creatures of God

18-The Malefik- YOUR BELIEF

19-Unearthly- Age of chaos

20-Hagalma -Valor Y Decision

21-Heirdrain-La Graine De La Mort

22-Ashes You Leave-Apathy Overdose

23-Thrasheira-Ready to Thrash

24-Terrosrstorm-From Ashes To The Dust

25-Oxido- Sueños de Liberdad

26-Mighty Goat Obcenity- Under the funeral process


Quem sabe no Brasil Extremo Volume II, as grandes bandas do underground manauara como: Evil Syndicate, Brutal Exuberância, Hipnose Death, Epidemic, Infection, Sarcásticos e a revelação Extreme Warning, possam participar dessa genial idéia realizada por quem realmente conhece a fundo o que se produz no cenário nacional e mundial. Resta esperar !!!


Fonte:
Wagner Karvalho
wagner@metalmilitia.com.br

Colaborador:
Thony Sacrifice
Fly Kintal Zine/Underground Brasil Distro
Fuck OFF.!.Produções

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S…M…o quê???


“Disco original com preço de pirata. É qualidade, vem com encarte, por apenas cinco reais”. É mais ou menos assim que um ambulante ofereceria um álbum no formato SMD (Semi Metalic Disc). A mídia criada no Brasil surgiu para combater a pirataria e reduzir os custos para produção de um disco.

Sem dúvida, a pirataria é um dos principais problemas enfrentados pelas bandas, independentes, ou não. Em qualquer ponto de venda, encontramos CDs a um preço médio de 20 reais, destes, cerca de apenas 5% ficam nas mãos dos lojistas. Soma-se isso a facilidade de baixar músicas pela internet e a comercialização de CDs piratas em quase toda esquina e o resultado é a falência da indústria fonográfica. De acordo com a Associação Brasileira de Produtores de Discos, entre 1997 e 2005, quase 50% dos postos de trabalho ligados à venda de CDs foram extintos e mais de 3.500 postos de vendas fechados.

Com o intuito de diminuir os custos de produção, o artista Ralf conhecido pelo trabalho ao lado do irmão na dupla sertaneja Chrystian e Ralf, desenvolveu um método inovador de semi-metalização que toca em qualquer CD-player. “A idéia surgiu há alguns anos atrás quando comprei em Los Angeles uma fita cassete da Tracy Chapman com duas músicas por 2 dólares. Percebi ali que poderia criar um produto mais barato”, afirma Ralf.

O SMD possui a mesma qualidade de som e chega ao consumidor final com o valor fixado de R$ 5, o que inibe a venda de discos piratas e facilita o acesso de um número maior de pessoas ao trabalho da banda: “O Brasil já ocupa o quarto lugar na pirataria mundial, sendo na ordem China, Rússia, Índia e Brasil. As cópias ilegais (pirataria) ainda destroem artistas, gravadoras, selos e todos os envolvidos neste processo”, conta o cantor e inventor do SMD. Ralf anunciou o projeto em 2003 e declarou que os artistas iriam voltar a vender milhões de discos. O SMD não decolou como o previsto inicialmente, mas a cada dia novas bandas aderem ao formato. Hoje já são mais de 5 mil por todo país.

A nova tecnologia de armazenamento de áudio e dados garante uma redução de 30% nos custos para fabricação quando comparados com o CD (Compact Disc). Diferentemente do que a maioria acredita, a produção em larga escala de um CD não é igual ao processo dos gravadores a lasers encontrados na maioria dos computadores. Uma matriz é criada e a partir da mídia original são produzidos os discos em um processo caro e demorado. O SMD diminuiu esse processo, o que garante o valor final mais acessível e com uma margem de lucro de 20% para os lojistas.

As bandas com quem tenho contato dizem que a aceitação tem sido muito boa e que sempre conseguem vender vários discos depois dos shows. Talvez demore um pouco para as bandas e o público se adaptarem ao novo formato, mas sem dúvida ele surge como alternativa viável para diminuir a venda ilegal de discos.


Por Karina Francis – Jornalista do site www.rockazine.com.br / Colaboradora Manifesto Blog

Acesse o portal SMD e entenda um pouco mais sobre a mídia: http://www.portalsmd.com.br/

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De Imparcialidade e Parcerias


Há algum tempo atrás, os artistas dispunham de poucos canais eletrônicos de divulgação (emissoras de rádio e TV), e também eram poucas as portas para que um músico ou uma banda tivesse um disco lançado (as gravadoras, também conhecidas como majors). Isso garantia às gravadoras o controle do processo: junto com as grandes redes de comunicação, elas decidiam não só quem ia fazer sucesso, mas, mais grave ainda, de algum modo acabavam decidindo quem podia ser artista, dado o total desprestígio em que ficavam os profissionais da música que não conseguiam contrato para gravar ou, tendo gravado, não tinham suas canções na parada de sucesso.

Nessa época, que começou a acabar no final dos anos 1990, a palavra de ordem entre os jornalistas culturais aos moldes clássicos era “imparcialidade”, cujo significado poderia variar desde a isenção até o isolamento, cujo grau máximo foi mencionado numa entrevista concedida pela crítica teatral Bárbara Heliodora, que falou de um crítico nova-iorquino que simplesmente não tem contato algum com atores, diretores, nem ninguém ligado a teatro, para não ter influenciada sua opinião sobre os espetáculos!

Os marcos do começo do fim dessa era foram: a popularização do arquivo de música em formato MP3; o gradativo aumento da cobertura da rede de internet banda larga; e o surgimento de espaços virtuais (sites e blogs) tendo a música como tema, mantidos por jornalistas, bandas, colecionadores e fãs. Ao começar a fazer o blog Som do Norte, em agosto de 2009, eu não conhecia praticamente ninguém da cena roqueira do norte do Brasil, porque há sete anos o foco principal do meu trabalho em jornalismo musical era o site Brasileirinho, especializado em samba e choro. Mas não me parecia sensato repetir este recorte temático no Som do Norte – já que no novo veículo eu ia restringir a abrangência da cobertura, o melhor era abrir o leque de estilos musicais dos quais iria falar.

Essa decisão, estou certo, não só garantiu desde o começo o sucesso do blog, como pode ser apontada como responsável por sua existência até hoje e até quando Deus quiser. Porque desde o começo foram as bandas de rock as maiores divulgadoras do blog; a primeira foi a Somero, de Roraima, que publicou uma nota em seu MySpace comemorando a escolha de sua canção “Papel Machê” como Música do Dia – isso quando o Som do Norte não tinha nem uma semana no ar. O fato se repetiu inúmeras vezes: quase sempre, as bandas de rock divulgam para seus contatos e/ou em seus espaços próprios na internet tudo o que sai sobre elas no blog.

O auge disso talvez tenha ocorrido em dezembro de 2009, quando promovi uma enquete para que os leitores apontassem a Música do Ano. A banda AltF4, também de Roraima, promoveu durante todo o período de votação uma mobilização virtual de seus fãs, que aderiram em massa, dando à balada “Lembranças de um Dia” mais de 7 mil dos quase 21 mil votos que a enquete recebeu ao todo. Até hoje, a banda menciona o fato em todas as suas entrevistas, creditando ao Som do Norte papel importante pelo sucesso da “Alt”; a mais recente demonstração disso foi o envio da nova versão de “Lembranças de um Dia” para divulgação em primeira mão, em 3 de agosto de 2010, dia do aniversário do blog.

Também em dezembro de 2009, lancei uma nova seção – o Disco do Mês –, na qual publico um CD ou EP inteiro para audição online. Em pouco tempo, o sucesso do Disco do Mês me levou a criar outro blog específico para ele, o Música do Norte. Assim como o próprio blog, esta seção não é voltada unicamente para rock, embora seja indiscutível que os lançamentos de rock repercutam muito mais do que os de MPB. Que o digam as bandas Boddah Diciro, do Tocantins, cujo CD "Strange" foi nosso Disco de março, e Veludo Branco, outra de Roraima, destaque em agosto com o CD "Veludo Branco Rock’n’Roll", lançado com o apoio do Som do Norte (o apoio garante a divulgação do CD, via assessoria de imprensa do blog, para jornalistas musicais do país inteiro).

No dia do aniversário do blog, quando eu tuitei que “a Boddah Diciro é parte integrante do sucesso do Som do Norte”, a banda prontamente respondeu que acredita que o contrário é que é a verdade; já o vocalista da Veludo, Mr. Gonzo, ao agradecer a publicação do CD da banda no Música do Norte, escreveu que “grande parte da nossa ascendência no cenário musical independente do Norte e todo o Brasil se deve à divulgação da Veludo Branco no Som do Norte, mostrando a força que o blog tem e sua relevância para o Circuito Fora do Eixo.

Manifestações como estas me envaidecem, sem dúvida, porém tenho a plena certeza de que a força e a relevância que o blog possa ter são frutos tanto do meu empenho pessoal quanto das parcerias com as bandas – sejam estas parcerias formais, no caso do Disco do Mês, ou informais, que ocorrem a cada vez que um músico tuita ou posta em seu blog ou menciona em seu show uma recomendação para que seus fãs acessem o blog.

Enquanto a palavra de ordem tanto na internet quanto no circuito independente é, cada vez mais, “parceria” entre veículos e bandas, a auto-intitulada “grande imprensa” age como se nada houvesse mudado nos últimos dez anos. As redes de rádio e TV, bem como os jornais impressos diários, têm altos custos que só podem ser cobertos através de expressivos aportes de capital publicitário.

Isto leva os veículos (principalmente os jornais, devido aos gastos volumosos e permanentes com papel, tinta e transporte dos exemplares impressos) a buscarem como público-alvo os consumidores que interessam aos anunciantes – que podemos descrever em linhas gerais como integrando as classes A e B, e com idade superior a 35/40 anos. É pensando neles que os jornalões evitam noticiar os artistas da nova cena musical brasileira, pois os editores acreditam que esse assunto não interessa ao seu público-alvo. Na prática, acaba acontecendo o contrário: é o leitor que, ao não encontrar no jornal informações sobre o quer saber, vai buscá-las em outro lugar – a internet.


Resenha do jornalista Fábio Gomes ao site Rockazine – www.rockazine.com.br

Fábio Gomes é jornalista cultural há 20 anos e dono do Blog www.somdonorte.com.br que divulga a produção musical dos estados da região norte.

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