Apresentamos a vocês um bate-papo com o pessoal da banda DISRITMIA, de hardcore/crust/grind, do Amazonas. Originalmente, a entrevista foi cedida em setembro de 2009, para o meu projeto de revista de rock regional em PDF chamado "Revista Hadze", o qual acabei arquivando (temporariamente) por razões de outros trabalhos que surgiram e inviabilizaram meu tempo. Para não desperdiçar a matéria com a banda, lancei a entrevista no meu LiveJournal, só que infelizmente não consigo mais acessar a conta. Porém, graças as portas que se abriram aqui no Manifesto Rock, agora disponibilizo novamente essa interessante entrevista, onde os membros Matheus (batera) e Marcelo (vocal) procuram mostrar suas opiniões críticas sobre assuntos culturais e sociais de forma simples, descontraída e direta, além de expor fatos na realização da demo "Motin Massacre" e comentários sobre suas músicas, expressões e letras. A matéria foi editada em razão de espaço, para vê-la completa acesse o link do Livejournal ao final dela. Confira!
1) O que é a banda Disritmiä, como surgiu e quais suas influências musicais e ideológicas?
Matheus - A Disritmia é uma banda de hardcore/crust/grind, surgiu com Marcelo, Thiago (ex vocal) e Arthur (ex baixista), que me chamou, e por sorte no dia do primeiro ensaio, depois do ensaio da No Choice, Adams (guitarra) muito bêbado que curtia o som do lado de fora do estúdio, acabou entrando para conferir e ficou na banda até hoje. Daí, surgiu essa banda "nova" de macaco velho que tem por influências musicais de bandas como Ratos De Porão, Municipal West, Slayer, Six Feet Under, Varukers, Toy Dolls e por aí vai... a banda tenta passar mensagens positivas retratando problemas sociais.
2) Conte-nos sobre a produção da demo “Motim Massacre” e como se deu o processo de composição das músicas?
Matheus - O processo de gravação foi meio complicado estavamos gravando em época de chuvas. Por o estúdio ser em um sítio com área aberta tivemos a infelicidade de um raio cair próximo de lá e acabou queimando parte do nosso equipamento de gravação, como já havíamos gravado as guias ao vivo, decidimos lançar a demo, pois não sabiamos quando arrumaríamos grana para comprar novos equipamentos e voltarmos a gravar. E foi com a ajuda do Júnior (ex-Vomitnoise) - que conseguiu melhorar um pouco a qualidade do som - que surgiu a demo “Motim Massacre”. Já no processo de composição Marcelo, Thiago e Arthur trouxeram as letras e no estúdio fizemos as músicas
3) A capa dessa demo mostra cadáveres humanos enfileirados, vítimas de genocídio. Comente sobre a idéia em escolhê-la...
Marcelo - A capa simplesmente mostra que, como nos dias de hoje, o crime contra a humanidade é cometido em várias épocas e lugares do planeta. Do mesmo jeito que foi uma foto da época da 2º guerra, poderia ter sido uma foto em uma favela do Rio ou São Paulo, a violência é a mesma, ou seja, os fracos são sempre os que mais sofrem. A capa foi retirada de um livro chamado “A assustadora história do holocausto” de Michael R. Marrus, professor de História da Universidade de Toronto.
4) A Disritmiä é uma banda fortemente ligada ao cenário hardcore. Porém, ao mesmo tempo, muito bem aceita pelo público metal e frequentemente chamada para tocar em shows de death/thrash. Que análise você faz desses dois públicos que a banda atrai?
Matheus - A disritimiä é uma banda que mistura vários estilos e com isso conseguimos agradar públicos diferentes e isso pra gente é um resultado bastante satisfatório.
Marcelo - Disritmia tem as raízes fincadas no hardcore, no punk, no thrash, no grind e no crust, talvez por isso esta mistura de sons satisfaça aos dois tipos de público. O público hardcore é mais animal nos nossos shows, mas o pessoal do metal também tem comparecido e tem aceito bem o nosso som. Na realidade já ouvi falar que nós somos uma banda crossover, mas não gostamos de nos rotular. Na hora de compormos as músicas cada um coloca suas influências, aí sai o som da Disritmia...
Continuação no LiveJournal...
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21/09/2010
ENTREVISTA COM A BANDA DISRITMIA
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Marcelo Couto
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3 comentários:
Eita bandinha porreta essa, pena que Marcelo X saiu da banda
Sou paulista mas durante o tempo que morei em manaus a unica banda que realmente tinha chance de fazer alguma coisa de boa era a disritmia, sai de manaus em 2009 e sinto falta dos shows da banda, sempre com aquela roda de pogo animal....venham pra sampa meu...
banda muito boa, sempre ia aos shows
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