03/12/2010

Cine Manifesto: "Zeitgeist - The Movie"


Produção totalmente independente do diretor Peter Joseph, “Zeitgeist – The Movie” foi lançado no ano de 2007 com o complexo intuito de divulgar os malefícios do consumismo, do capitalismo selvagem, da ausência do controle de natalidade, da exploração irracional do meio ambiente, das guerras e de outros problemas contemporâneos que estão, aos poucos, nos levando para o colapso social.

A película de 123 minutos promove a polêmica ao levantar a teoria de que o cristianismo é a farsa mais maquiavélica já elaborada para a manipulação em massa. Interessante é que em nenhum momento é dito: “Nós pensamos isso...”.

A teoria é apresentada com embasamento histórico onde fica evidenciada a existência de outros “Jesus Cristos” que existiram comprovadamente, muito antes do Nazareno de Belém. As coincidências são impressionantes. Todos tiveram o mesmo número de apóstolos, todos nasceram pobres de pais pobres, todos tiveram uma mãe virgem, todos viveram a mesma idade, todos viraram mártires, todos pregavam o mesmo ideal e quase todos usaram os mesmos slogans em suas pregações.

Além desse conteúdo cristão o documentário mostra outros pontos polêmicos, como por exemplo, a relação de George W. Bush com Osama Bin Laden e o interesse dos governos, fabricantes da indústria bélica, em manter sempre uma ou mais guerras em atividade como forma de lucro astronômico.

Erroneamente pensa-se que trata-se de uma trilogia, ainda mais depois do lançamento do segundo filme “Zeitgeist – Addendum”. Contudo, é um movimento filosófico e social que tem como interesse promover a revolução cultural que extinguirá o modelo de sociedade que conhecemos e abolirá o capitalismo com o seu retrógrado e injusto sistema monetário.

Nascida da junção de duas palavras alemãs “Zeit” e “Geist”, o termo significa “Espírito do Tempo” e firmou-se como movimento justamente no lançamento deste segundo filme em 2008, no qual, diferente do primeiro que só mostra as conseqüências da decadência social vigente, “Addendum” apresenta soluções para esses problemas.

Desde então, o movimento vem ganhando adeptos no mundo todo. Encontros, fóruns, palestras, cyber ações e outras coisas mais se espalham em vários países como uma verdadeira epidemia filosófica.

Existe um site oficial do movimento Zeitgeist Brasil (http://movimentozeitgeist.com.br/), que explica muito detalhadamente os pontos de vista das colocações, sempre com atualizações constantes. Para dúvidas, sugestões ou críticas, os contatos virtuais são feitos dirigidos para cada coordenador regional. Na região norte, pode-se fazer contato pelo e-mail: am@mzbr.com.br

O terceiro filme “Zeitgeist – Moving Forward” tem lançamento previsto para janeiro de 2010, mas repetindo o dito acima, não é uma trilogia. Serão produzidos quantos filmes forem necessários para divulgar o ideal e conquistar cada vez mais salas de exibições e seguidores.

Por mais que você não queira se filiar, assista. Levanta reflexão, senso de auto crítica e é obrigatório para estudantes de sociologia e afins.


Por Mário Orestes -
Apresentador do programa Vertical Classic Rock (radiovertical.com), Membro do Clube dos Quadrinheiros de Manaus e Colaborador do Manifesto Blog.

2 comentários:

Escalações e Táticas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Escalações e Táticas disse...

Parabéns Sandro e Mário pela iniciativa do tema! Muito bom saber que eles já estão organizados na região Norte. Pelas estatísticas, a sociedade em prol do lucro faz 20% da população feliz com seus acúmulos milionários, ao mesmo tempo, coloca 80% dos seres humanos em completa miséria e pobreza. Só podemos concluir que o capitalismo é um total fracasso para a humanidade. A discussão é muito pertinente para o público underground, tendo em vista que o underground é uma forma de resistência ao sistema por desobedecer aos seus padrões de moda e comportamento. O debate torna-se mais importante ainda quando temos pessoas no nosso meio (com fins lucrativos) promovendo serviços ruins com preços caros sob a idéia de que o underground é um simples nicho de mercado que "cultua o tosco", por trás de um discurso hipócrita de que estão "apoiando" a cena underground. Se o mundo subterrâneo da sociedade não fosse uma resistência cultural, seria apenas uma subcultura da sociedade e não um movimento de negação ao modelo judaico-cristão capitalista que inibe a liberdade de expressão, promove o preconceito e a exploração desenfreada dos recursos naturais (lembrando que o underground abriga democraticamente ateus, satanistas, pagãos, niilistas, comunistas, anarquistas, grupos sociais darks, grupos contraculturais e outsiders em geral, cada um com seu espaço e se auto-organizando de forma independente).

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